O aumento da temperatura média global gera prejuízos a todos, inclusive para às seguradoras
* Rafael Zarvos
Questões relacionadas à mudança climática como por exemplo, ondas de calor extremo, incêndios, desastres naturais e perda da biodiversidade, tem despertado à atenção das empresas, em especial das seguradoras por conta dos altos valores dos prêmios pagos à cada evento catastrófico. Significa dizer que algumas apólices de seguro podem vir a se tornar inviáveis economicamente para alguns clientes ou até mesmo para as próprias seguradoras.

Em 2017, por exemplo, o furação Harvey causou às seguradoras um prejuízo de U$125 bilhões de dólares em pagamento de prêmios aos segurados.
Um relatório sobre “Seguros contra furacões na Flórida ” publicado pelo Instituto de Seguros Americanos em 2020, apontou que naquela região existem 3 milhões de casas em risco climático, o que somado daria U$ 581 bilhões de dólares em pagamento de indenização, gerando nos clientes e investidores uma insegurança econômica quanto a sua capacidade de honrar as apólices.

Agora, em 2022, a Flórida se viu novamente ameaçada, desta vez pelo Furacão Ian, de categoria 4, obrigando mais 2.5 milhões de pessoas a deixarem as suas casas.
Seguradoras: reformulando procedimentos
Tanto as seguradoras, como as demais empresas precisam reformular os seus modelos de negócios de acordo com às mudanças climática, se quiserem sobreviver.
Algumas seguradoras já começaram a incorporar o risco climático aos seus produtos enquanto outras já se comprometeram a diminuir a sua exposição às indústrias geradoras de gases de efeito estufa até 2040.

A mudança climática e suas consequências não são um acontecimento local, os seus efeitos estão conectados globalmente. Um aumento da temperatura média do planeta aumenta a probabilidade de inundações e incêndios, independentemente da localização daquela cidade, país ou região.
Carbono Azul e o benefício para o clima global
Durante anos as seguradoras ajudaram os segurados a mitigarem os seus riscos. Agora são as próprias seguradoras que precisam prevenir os seus riscos climáticos se quiserem permanecer no mercado.
*Rafael Zarvos, Advogado e fundador da Oceano Resíduos, especialista em ESG.
Contato: rafael@oceanoresiduos.com.br
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