Central Park, um lugar encantador onde a natureza exuberante e a rica cultura se combinam harmoniosamente para tornar Manhattan ainda mais especial
Manhattan, o epicentro de arranha-céus e agitação, reserva uma joia natural em seu coração: o Central Park. Muito mais do que um refúgio verde no meio da selva de concreto, este parque icônico é um palco para histórias de renome e inspiração. O nome inclusive vem dos nativos indígenas que habitavam o local e que era por eles chamado de Mann-ahata, ou Man-a-ha-tohn, termo que significa “ilha de muitas colinas”.

O Central Park, ícone de Nova York, foi projetado em 1857 por Frederick Law Olmsted e Calvert Vaux. Com seus 3,4 km2, tornou-se um oásis de natureza e lazer situado no coração de Manhattan, tanto para os residentes locais quanto para os visitantes. A sua construção, que levou 16 anos, teve um custo de cerca de 14 milhões de dólares na época. Hoje ele é o quinto maior e mais frequentado parque urbano da cidade, atrai anualmente cerca de 38 milhões de visitantes, e ostenta o título de um dos locais mais filmados e fotografados do planeta.

Indiscutivelmente, o destaque reside em sua exuberante área verde, onde mais de 20 mil árvores florescem, solidificando sua posição como um dos espaços verdes mais significativos nos Estados Unidos, captando toneladas de CO2 durante o ano. Surpreendentemente, 150 árvores remanescentes do projeto original continuam a embelezar o local até os dias atuais.

Junte-se a nós para explorar esse “lado verde da cidade” e descobrir as histórias e encantos que fazem do Central Park um símbolo de Manhattan.
Jacqueline Kennedy Onassis Reservoir: um tranquilo oásis
No coração agitado de Manhattan, um refúgio sereno aguarda os nova-iorquinos e visitantes em busca de paz. O Jacqueline Kennedy Onassis Reservoir, localizado no Central Park, é um verdadeiro oásis no meio da selva de concreto da cidade. Batizado em homenagem à icônica ex-primeira-dama dos EUA, este reservatório de água oferece uma vista espetacular do skyline de Nova York.

O local possui mais de 43 hectares de área e o belo lago contém mais de 3,8 milhões de m3 de água tratada. Inclusive, quando foi construído nos anos 1860, era destinado para abastecer a cidade.

Com uma trilha de corrida de 4 quilômetros margeando suas águas calmas, o local é um paraíso para corredores e amantes da natureza. Este espaço verde oferece um contraste impressionante com a agitação urbana, servindo como um lembrete da importância de encontrar momentos de tranquilidade no meio de Manhattan.
Bethesda Fountain: fonte e água fresca
A Bethesda Fountain é uma das atrações mais icônicas do Central Park. Ela está localizada no centro da Bethesda Terrace, que é composta por dois níveis conectados por duas grandes escadarias e uma menor que passa sob a Terrace Drive. A fonte é cercada por um grande círculo de pedra e possui uma estátua de bronze chamada “Angel of the Waters” no topo de uma estrutura de duas camadas. A fonte foi construída durante a Guerra Civil Americana e foi oficialmente concluída em 1873.

Ela possui cerca de 8 metros de altura e 30 metros de largura, cercada por um grande círculo de pedra, alimentada pela água do lago adjacente, e é frequentemente decorada com plantas aquáticas durante o verão. A Bethesda Fountain é um marco histórico e cultural importante do parque, e sua beleza e grandiosidade atraem muitos turistas e moradores ao local todos os anos.

Hans Christian Andersen e Alice: a magia da literatura em bronze em Manhattan
O Central Park é o lar de algumas estátuas que trazem à vida o mundo da literatura infantil. Uma delas, feita em bronze, representa Hans Christian Andersen, o renomado autor de contos de fadas, uma presença encantadora no parque desde 1956. Sentado em um banco, Andersen segura um livro, envolvendo-se nas histórias que criou. Dentre elas podemos citar “A Pequena Sereia” (1837), “O Soldadinho de Chumbo” (1838), “O Patinho Feio” (1843), e “A Rainha da Neve” (1844), história que inspirou o filme “Frozen”.

Esta obra de arte é um tributo à imaginação e à importância da literatura na infância. É um lembrete de que os contos de Andersen continuam a cativar gerações, inspirando sonhos e aventuras no coração de todos que frequentam Manhattan.
Inclusive ela fica próxima a outra estátua, que foi inaugurada em 1959, cujos personagens são muito conhecidos através do livro Alice no País das Maravilhas. Além de Alice, foram retratados o Chapeleiro Maluco, o Coelho e o Gato, todos presentes nessa bela obra, escrita pela genial Lewis Carroll.

Localizada ao lado do Conservatory Water, um lago já bem conhecido no parque, é uma das únicas estátuas do parque em que os visitantes podem interagir, principalmente as crianças, que aproveitam para subir nela e tirar inúmeras fotos.
A eterna influência de John Lennon com ‘Imagine’
O local não é apenas um refúgio natural no coração da cidade, mas também um tributo a uma das maiores lendas do rock, John Lennon. Inaugurado em 1985, o memorial “Strawberry Fields” é um dos lugares mais visitados do Central Park.

Inclusive, é uma área do parque que fica próxima ao prédio Dakota, última residência onde Lennon morava, nomeado em homenagem à icônica música “Imagine”. O memorial é um lugar de peregrinação para fãs de todo o mundo, lembrando-nos da influência eterna de Lennon na música e na cultura. Sua mensagem de paz e imaginação ressoa nos corações de todos que visitam, tornando o Central Park em Manhattan um local onde a música, a memória e a natureza se unem.

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Manhattan: palco da magia do cinema e do teatro
Como não poderia deixar de ser, o parque tem servido como cenário inspirador para inúmeras obras cinematográficas e peças teatrais que cativam públicos em todo o mundo. Filmes como “Hannah e suas irmãs” (1986), do diretor Woody Allen, “Encontro Marcado” (1998), com Robin Williams, “Uma Noite no Museu” (2006), com Ben Stiller, além da divisiva série “The Boys” (2019), aproveitaram a beleza do parque em Manhattan como pano de fundo para suas narrativas incríveis.

Além disso, espaços como o Naumburg Bandshell e o teatro ao ar livre no Delacorte Theater, situado no coração do Central Park, são locais de produções teatrais icônicas. A produção anual de “Shakespeare in the Park” apresenta interpretações inovadoras das obras do dramaturgo inglês, atraindo multidões ansiosas por cultura.
Há vida no parque
O Central Park é um refúgio e um paraíso para as aves. Com mais de espécies 260 espécies registradas, incluindo patos, falcões e diversos outros pássaros, o parque oferece uma experiência única de vida selvagem no coração de Manhattan, cativando amantes da natureza e ornitólogos.
Jeffrey Kimball, o saudoso produtor e diretor do documentário ‘Birders: The Central Park Effect’ (2012), fez imagens lindas que retratam a vida das aves e de seus observadores, ao longo das quatro estações.
Além das aves, o Central Park é o lar de uma variedade de pequenos animais, como o Guaxinim, o Esquilo-cinzento, Tâmia oriental, Opossum-da-virgínia entre outros. Esses habitantes encantadores do parque acrescentam uma nova dimensão à experiência ao ar livre na cidade.
Assim, o Central Park permanece como um símbolo de renovação e resiliência de Nova York, um local onde a natureza e a cultura se entrelaçam. Uma visita a esse oásis urbano é uma experiência obrigatória para todos que desejam explorar a diversidade e o encanto que Manhattan tem a oferecer. De suas árvores centenárias às histórias imortalizadas, o Central Park é uma parte essencial da cidade que nunca dorme.
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