Foto mostra rua em Portugal com carro elétrico

Carro elétrico: vale a pena ter um?

Apesar da revolução que se aproxima, já faz muito tempo que o homem busca criar um carro elétrico com os benefícios que esse meio de transporte proporciona. Desde o fim do século XIX, alguns aventureiros criaram carros movidos à eletricidade. Inclusive, no ano de 1889, o engenheiro belga Camille Jenatzy criou um automóvel movido com dois motores elétricos que ultrapassou os 100 km/h, um feito incrível para a época.

Mas foi a partir de 1900 que grandes companhias deram início a história do carro elétrico. Para se ter uma ideia da força dessa novidade, nesse mesmo ano, cerca de 30% dos veículos produzidos nos Estados Unidos eram elétricos.

Modelo de carro elétrico do ano de 1900: motores à combustão suplantaram essa ideia genial

Com o mercado em franca expansão, por que esse invento tão fantástico não continuou sua jornada? Por um motivo: Henry Ford e seus veículos à combustão. Feitos em modernas linhas de montagem e produzidos aos milhares, os preços dos carros movidos à gasolina despencou, tornando proibitivos os valores gastos para a fabricação de carros elétricos. Dessa forma a humanidade teve de esperar décadas antes de retomar o sonho de um carro movido através de um combustível limpo.

O tempo passou e o carro elétrico voltou

Com essa ideia indo e vindo na cabeça de vários cientistas, aventureiros, empresários e investidores por muito tempo, era óbvio que o projeto do carro movido à energia elétrica iria voltar um dia. E algumas condições influenciaram essa volta, como a poluição gerada por combustíveis fósseis, o barulho dos motores, crises do petróleo, aquecimento global, sustentabilidade, entre outros fatores.

Foto mostra carro elétrico em Portugal
Carro elétrico em Portugal: pontos de carregamento já começam a se popularizar

O fato é que entre o final da década de 1990 e início dos anos 2000 um verdadeiro boom de novas ideias e conceitos surgiu na indústria automotiva, onde cada uma delas visava alcançar o status de criar o carro menos poluente.

Tesla, Audi, Toyota, Volkswagen, Peugeot, BMW, Mitsubishi, Citroën, são apenas algumas das montadoras que enveredaram pelo caminho (sem volta) dos carros zero emissões ou que chegam bem próximos a isso. Para se ter uma ideia, complexos com fábricas inteiras que antes eram destinadas a montagem de veículos nos moldes tradicionais, agora produzem apenas baterias para carros híbridos ou elétricos. E isso está acontecendo em todos os lugares do mundo, uma revolução nas indústrias do setor. 

Estrelas nos Salões e nas ruas

A eletrificação dos carros é uma questão de tempo. Por isso em vários Salões de Automóveis, como o de Frankfurt na Alemanha, eles já são o destaque e os preferidos do grande público, ávidos por novidades e tendências.

Foto mostra uma loja com modelo de carro da Tesla
Modelos da Tesla já utilizam pontos de recarga espalhados por vários locais do mundo

Há quem diga que o futuro, antes distante, já chegou. Praticamente todas as companhias possuem seus automóveis movidos à energia elétrica ou híbridos (movidos à combustíveis fósseis e energia elétrica). Conceitos como eletromobilidade e sustentabilidade, antes incompatíveis quando se falava sobre carros, agora andam de mãos dadas com as novas estrelas.

Inclusive as ruas da Europa já sentem a chegada desses veículos, como o BMW i3, o segundo carro elétrico mais vendido em Portugal no ano de 2016,  o Volkswagen e-up!, que com seus 82 cavalos, leva até 5 passageiros e o ID.3, também da Volks, que custará pouco mais de 30 mil euros e será lançado em 2020. Outro modelo que está fazendo a diferença é o Audi e-tron, que conta com um excelente sistema de recuperação de energia além não possuir os tradicionais espelhos laterais, que foram substituídos por câmeras de alta resolução.

Recarregando o carro elétrico

Com o mercado ainda criando soluções e resolvendo problemas conforme eles vão aparecendo, é natural que ainda não exista uma forma única e definitiva para (re)carregar as baterias dos carros elétricos. 

A mais tradicional, utilizando-se uma tomada comum, demora muito para alcançar uma carga completa, algo próximo a 8 horas. Pode ser muito útil recarregar a noite, enquanto você dorme, mas o que fazer durante o dia, entre um compromisso e outro? A solução é utilizar as estações de recarga que ficam nas ruas, com tomadas de alta voltagem, de carregamento mais rápido, que já pode ser visto em cidades da Europa e Estados Unidos. Uma carga de 30 minutos nessas tomadas proporciona, em média, uma autonomia de 120 quilômetros.

Na Noruega, país que sempre se destacou como exportador de combustíveis fósseis, uma de suas maiores redes de postos de combustíveis está trocando as antigas bombas por carregadores para os modernos carros elétricos, como o Tesla Model 3, sucesso de vendas no país.

Uma das formas também é a troca da bateria por outra completamente carregada, em pontos construídos especialmente para essa finalidade. O custo proibitivo dessas estações mostra que, afinal de contas, pode não ser a melhor solução.

Foto mostra rua de Portugal com um poste de carregamento
BMW também já está presente neste mercado com modelos elétricos

O ideal será recarregar a partir da energia solar, visto que a área exposta dos carros aos raios solares é grande, mas ainda faltam tecnologias para que isso seja viável, pelo menos por enquanto.

O Prius por exemplo, híbrido da Toyota, oferece painéis solares que são instalados na casa do usuário, sendo utilizados obviamente apenas quando o carro fica estacionado.

Problemas e soluções

Com o avanço do carro elétrico, em breve as maiores indústrias do planeta provavelmente serão a de fornecedores de baterias. E isso causa uma preocupação crescente em alguns setores. A indústria de combustíveis será uma das mais afetadas, juntamente com a de lubrificantes, podendo causar demissões e desemprego.

Com ganhos de quase US$ 150 bilhões de dólares anuais, o mercado de graxas e óleos pode sofrer um baque quando o carro elétrico realmente tornar-se uma realidade. E isso pode acontecer da noite para o dia, como foi o caso da conhecida empresa de filmes Kodak, que não percebeu o avanço das máquinas digitais e teve que fechar as portas tempos depois.

Por isso os fabricantes buscam solucionar os novos problemas, como inventar lubrificantes para esfriar as baterias dos carros ou óleos para melhorar os ajustes do motor não poluente de um carro elétrico.

Vantagens e desvantagens do carro elétrico

Planeta mais limpo, zero emissões (em relação a liberação de gases poluentes), economia, silêncio. Essas são algumas das boas vantagens quando se compara um carro elétrico e um tradicional.

Só para se ter uma ideia: um estudo feito na Europa apurou que para rodar 100 km com um carro convencional você gasta 10 euros enquanto ao utilizar um carro elétrico apenas 2 euros. Uma enorme economia. 

Isso tudo com muito silêncio, o que pode ocasionar alguns problemas. Com a tecnologia empregada nos carros, ele produz pouco barulho enquanto se desloca, o que deve exigir atenção redobrada de condutores e de pedestres, principalmente os que possuem dificuldades auditivas. 

Valor salgado

Mesmo que o preço seja um dos fatores que possam impedir a compra de um carro elétrico, vários incentivos fiscais começam a ser concedidos pelos governos de cada país, como forma de facilitar a entrada das pessoas nesta nova era. Esses governos devem providenciar para que a energia que alimentem esses carros seja limpa também, vinda de fontes energéticas hídricas ou via gás natural, energia solar ou eólica, evitando ao máximo o uso de usinas baseadas em queima de carvão, o que pode inviabilizar os ganhos sustentáveis conseguidos para o planeta.

Foto mostra bomba de abastecimento para carro elétrico
No Brasil algumas iniciativas já estão acontecendo, como o Eletroposto da Celesc no sul
do país, dividindo espaço com bombas de outros combustíveis

Outro concorrente direto da tecnologia é o etanol, que apresenta algumas vantagens em relação ao carro elétrico. Levando-se em conta a infraestrutura para o uso do combustível, que já é amplamente estabelecida com postos de combustíveis espalhados em vários países que utilizam etanol, ele é uma fonte renovável de energia, que contribui para a redução das emissões de carbono.

De qualquer forma, mesmo que essa tecnologia tenha demorado mais de 100 anos para dar a volta por cima, carros elétricos já são uma realidade que, desta vez, vieram para ficar.

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2 thoughts to “Carro elétrico: vale a pena ter um?”

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